Que bom seria se pudéssemos encontrar as causas da nossa ansiedade e depressão, não é mesmo? A boa notícia de hoje pra você é: sim, é possível. E além de ser possível, acredite, encontrar as causas é o princípio da cura.
O crescimento espiritual, seja ele em qual linha de estudo ou vertente, sempre passa pelo autoconhecimento. “Tornar conhecido”, que é um dos significados da palavra meditação, por exemplo.
Essa uma prática traz benefícios profundos, além de ser a fundação do caminho e crescimento espiritual.
Neste artigo vamos pensar juntos sobre como a nossa mente é parecida com uma grande botânica, cheia de flores e plantas de todos os tipos – algumas até carnívoras, que vez ou outra nos machucam mesmo sem a gente perceber.
E com isso, olharmos para dentro de nós e conhecermos as causas do nosso sofrimento (depressão, ansiedade, pânico).
O que você vai ler:
1. Passeando pela botânica da mente
Ao entrar em uma grande botânica, o primeiro sentimento que temos é: “Nossa, quantas variedades e tipos de plantas! Não imaginava ter tantas assim”.
E então começamos a caminhar, olhar em volta, sentir os cheiros, as cores e ficamos maravilhados.
Quanta diversidade em um espaço tão pequeno! Depois de um tempo passeando, é normal ficarmos até perdidos: “onde eu estava mesmo?”, “será que já passei por aqui?”.
Essa sensação de estar “pedido(a)” é totalmente normal. Pudera, com tantas variedades e caminhos, é fácil não saber bem onde está e também o que é cada uma daquelas lindas plantas e flores (algumas nem tão bonitas assim) “O que elas fazem?”, quais são seus aromas?”.
Depois de passar esse primeiro momento de euforia, é natural começar um desconforto. Percebemos que há lugares que não queremos ir, é como se houvesse uma resistência, um sentimento conflitante.
O mais comum, nesse momento, é deixarmos de entrar nesses lugares – muitas vezes até, fomos encorajados a isso. Mas é exatamente nesses lugares um pouco inóspitos que o nosso caminho de cura espiritual está.
E quando começamos a ter força de entrar nesses lugares, que muitas vezes são lugares de dores e memórias difíceis, é que temos a oportunidade de começar a etiquetar as nossas emoções.
“Conhece-te a ti mesmo”.
Sócrates
Normalmente o que nos faz sofrer são as coisas ocultas. Quando nós as trazemos à tona, a nossa mente é capaz de encontrar caminhos de cura.
Você pode estar se perguntando, mas como começar esse passeio?
Você pode fazer de diversas formas, uma delas, e talvez a mais simples, seja através da meditação. Se você ainda não pratica, você pode aprender a meditar e utilizar essa técnica de atenção plena para inicialmente acalmar a sua mente, ter mais clareza e num segundo momento, deixar sua mente divagar livremente, criando esse “passeio”.
2. Etiquetando as emoções
Quando começamos a etiquetar as nossas emoções, em muitos casos é o nosso primeiro contato com elas. Acredite, isso é mais comum do que parece. É muito comum o sentimento de “surpresa”, pois nem mesmo tínhamos a noção de que essas emoções, sentimentos e memórias existiam.
Então, o primeiro ponto importante é: não julgue suas emoções e sentimentos.
E outra coisa muito importante para ter em mente: essas emoções e memórias não são mais exatamente o que aconteceu. Como assim? Calma, você vai entender =).
A nossa mente armazena sempre uma versão do que aconteceu. Essa versão, normalmente, já não é tão fidedigna assim ao que realmente aconteceu.
Por isso, não leve tão a sério suas memórias e emoções, principalmente as negativas.
Tendo em mente essas 2 coisas: não julgar e não levar tão a sério, esse movimento de “etiquetagem” fica mais leve.
Mas, se eu não vou julgar e nem levar tão a sério, porque “etiquetar”?
Pelo simples fato de tornar conhecido.
E ao tornar conhecido as suas emoções e memórias, até mesmo as negativas, você começa a encontrar as causas da depressão e ansiedade.
3. Criando acordos de paz
Nós já falamos aqui sobre como criar acordos de paz e o quanto eles podem nos ajudar no processo de cura. Acredite, essa é uma das escolhas mais importantes da sua vida.
Quando nós terminamos de etiquetar as nossas emoções e memórias, ou seja, quando tornamos conhecido tudo que estava oculto, o próximo passo é fazer as pazes e aceitar mesmo o que nos faz mal.
Nesse processo, principalmente quando há algum trauma relacionado, é muito importante que você tenha acompanhamento profissional. Há lugares da nossa botânica da mente que realmente são difíceis de entrar, sentimos uma resistência.
Você não precisa apressar essa criação de acordos de paz, faça tudo no seu tempo e sem nenhum peso.
O fato de você se conhecer melhor, de ter a coragem de entrar em lugares de dor e “etiquetar” emoções que ainda não tinham nome, já te faz um(a) vencedor(a).
Lembre-se disso: você não é os seus momentos de dor, de vergonha, de arrependimento. Não se identifique com eles. Aceite que eles fazem parte da sua vida mas que você não é esses momentos de dor.
Você é amado(a).
Você merece ser feliz.
Você merece ter uma vida plena.
Você merece ser livre da depressão.
Universo
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